Toresco

Ponta de lápis partida!

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

A notícia da publicação do relatório sobre a pedofilia nas hostes católicas já me entristeceu, mas ouvir um representante português da diocese de New England dizer que o número de 4500 padres católicos envolvidos nos actos pedófilos referidos, até nem é um número grande face ao grande país que os EUA são...Por outras palavras, isso quer dizer o seguinte: "Não liguem muita importância porque isso não é nada comparado com a porcaria que existe por aí e que ainda não veio a lume". Muito obrigado pelo aviso! Se isso fosse dito à minha frente eu perdia a compaixão cristã que procuro que exista em mim. A moralidade católica a mim não me diz nada!

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

As hostes futebolísticas encontraram uma nova forma de evitar os desacatos com as claques estrangeiras que nos visitam. Dão-lhes música! Não tarda muito vamos ver o fado a ser cantado nas ruas! Pelo menos até o Euro 2004 teremos que continuar a dar música; depois disso logo se vê em que moda paramos. Já a minha avó dizia: "Atrás de uma boa música, vem sempre um bom copito". Vamos ver se os visitantes não se esquecem da música e se lembram dos copos. Dará para o torto, por certo.

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

As sombras desenhavam-se na parede do edifício. Uma vezes era um cão, outras um animal esquisito conforme a intensidade do vento que soprava forte. As sombras eram o efeito da luz projectada sobre a árvore.
O dia era nostálgico embora intenso! Apetecia parar, ficar a meditar! Observar a sombra e projectar nela o meu querer. Ver o que desejava. Ficar livre para observar a alma!
A voz chamou o meu nome. Estava longe para atender! Não era o que eu queria. Desejava somente ficar ali, sentir o coração, ouvir o vento, alargar a alma. É triste interromper a alma, fazer "parar" o coração. É triste cancelar a vida!
Quando a luz deixar de brilhar e a escuridão vier, as sombras não mais aparecerão. Acabaram-se os sonhos! A alma deixou de "criar" mas eu sei que estou vivo, ainda!

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Hoje, já afiei o lápis várias vezes. É mau sinal!
Se o Bush fosse um bom protestante só podia fazer melhor que o Marquês de Pombal ao obrigar as freiras grávidas deslizarem pela Avenida de Liberdade. É que o alvo fácil dos padres eram as freiras; pelos vistos nos últimos anos têm sido as crianças. São os sinais dos tempos que há muito começaram. Sim, afinal estas práticas não são de agora.
Não há dúvida que o peso da notícia sobrecarrega o ouvido do culpado. É por isso que os católlicos se calam quando a notícia não agrada!
Ah! Esqueci-me de dizer: somos uma mentira! Se não fossem as minhas ligações, ia viver e trabalhar para o estrangeiro. Era a forma de sentir que afinal não sou virtual!
Somos um país virtual. Abortos, afinal não houve! Actos pedófilos, está a ser muito difícil provar! Afinal, qualquer dia acordamos e já não existimos!

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Uma "santa" padroeira que já provoca ataques cardíacos. Isto só pode ser fruto de uma inquisição mental qualquer. Lá vamos descobrindo o que a ICR "imprimiu" na cabeça deste povo, ou provavelmente, ainda está a imprimir. É uma daquelas notícias em que apetece partir a ponta do lápis!
Quando nos reunimos em ambiente social e informal com os nossos amigos e irmãos na fé e nos é dada a oportunidade de nos divertirmos num ambiente cristão, claro, então chegamos a conhecer a outra face alegre e divertida de cada um. A alegria e o potencial de vida, muitas vezes faces ocultas nos momentos espirituais, revela-se em momentos assim.
Ainda continuamos possuídos de uma pressão religiosa de que não fomos totalmente libertados. É a face da religião que deixou impressa a ideia de que devemos ir à "presença de Deus" com rostos desfigurados e constristados, muitas vezes possuídos de uma falsa espiritualidade. Continuamos fariseus!

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Ao desenvolver esta semana o conceito prático de renúncia própria, lembro-me de quando era miúdo ter dado o meu lanche a um garoto ainda mais pobre que eu. Porquê na fase adulta não continuamos a fazer o que fazíamos em criança? Naquela altura podiamos dar o que tínhamos; hoje apesar de termos muito mais, sentimos que nada é nosso!Que contraste!

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

George Morrison escreveu: "À medida que nos tornamos mais espirituais, o conceito de renúncia própria também se aprofunda em nós". Uma receita a experimentar esta semana.

sábado, fevereiro 07, 2004

Continuo a descobrir a liberdade! Um dos autores de que gosto fala de duas leis. A lei da linearidade obriga-nos a fazer o que é certo para ganhar as bençãos que desejamos. Essa é a lei pela qual a maioria dos crentes é guiada ainda, embora exista um outro código mais recente. Esta foi substituída pela lei da liberdade! O parlamento de Deus promulgou e o presidente da "república" universal já assinou. O primeiro-ministro celestial deu a cara pela lei da liberdade. A partir de então, ficamos livres para viver no mistério da confiança. Essa é a lei ameaçada pelos "larápios" que querem invadir os domínios da nossa confiança e fazer-nos viver debaixo do velho código. Porquê trocar a graça? Jamais!

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Apetece-me rugir! Desde que isso mantenha afastado dos meus domínios os "larápios" que ameaçam a minha cria. A minha cria é a minha liberdade! Que alimento, que nutro, que acaricio, que prezo, que amo. Não porque me sinta dono dela! Alguém a conseguiu para mim! Por isso a guardo com mais zelo! Se eu a pudesse comprar ou adquirir por meu mérito, erradamente colocá-la-ia no lixo hoje e amanhã a compraria de novo, em versão actualizada. Foi-me doada por Alguém que se fez pobre! Para mim somente! É algo pessoal que transporto! É minha somente!
Cada um tem a sua cria! Então, porquê ladrões da liberdade? Não me oprimam! Estou instruído a vivê-la! Não fixem "cercas" porque eu abato-as! Não levantem "muros" porque eu salto-os! Não me limitem! Porque quanto mais o fizerem, mais ouvirão o meu rugido para que se mantenham afastados dos meus domínios os "larápios" da minha liberdade!

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Ontem descobri que algumas pessoas estão nas igrejas porque elas (igrejas) estão de acordo com os seus pensamentos. Pensei que fosse ao contrário!
É o poder da lei da oferta! Imaginem os "pobrezinhos" dos nossos irmãos do passado, que deram a cara pelo Evangelho, porque tiveram que restringir-se à integração na Igreja da sua terrinha porque "desgraçadamente" era a única que existia; para não falar daqueles que tinham que andar quilómetros a pé para ouvir a Palavra do Senhor. É por essas e por outras que é cada vez mais difícil "ser Igreja".