Toresco

Ponta de lápis partida!

sexta-feira, abril 30, 2004

Compartilho a mensagem nº 50 do "Minutos de Esperança", uma linha telefónica aberta através do nº 219457202.
Acabou de ligar para “Minutos de Esperança”.
O ditado popular diz: “a esperança é a última a morrer”. Morrendo a esperança morre a vontade, a alegria. Na verdade, morre o futuro!
Deus dotou-nos de esperança! A qualidade que faz mover a vontade, o querer, o desejar. É na esperança que vemos Deus! A esperança surge na crença, no acreditar, no procurar! E a Bíblia diz: “aquele que procura, encontra; ao que bate, ser-lhe-á aberta”.
A esperança vem de Deus! Ele é a fonte da verdadeira esperança. A esperança que Deus oferece não traz dúvidas, nem incertezas. É uma esperança de fundamento firme, de garantias eternas. A esperança que Deus oferece é baseada nas Suas promessas. Sendo Ele o Único que não falha, jamais falhará com Ele a esperança.
Mas a esperança que Deus oferece vai mais longe! A Bíblia explica-nos isso nas seguintes palavras – “ora a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado” (Romanos 5.5). Encontrará no mundo melhor esperança que esta? Certamente que não!
A esperança que vem de Deus não confunde, não decepciona, não baralha, não atrapalha, não complica. É uma esperança que flui pelo amor! Pelo amor de Deus! A falta de amor, produz falta de esperança! Não é tanto o amor que não damos mas mais o amor que não recebemos, porque não nos deixamos amar. Amar por Deus! E milhares de pessoas tornam-se pacientes crónicos deste mal! Este pode ser também o seu mal! A sua maior necessidade neste momento pode ser a necessidade da esperança que somente Deus pode dar. Deixe-se amar por Ele! Ainda que tudo desabe à sua volta, saiba que em Deus há esperança eterna. Uma esperança consciente, credível pela fé, pelo desejo de se aproximar d’Ele, de ser amado por Ele! A esperança que vem de Deus esclarece os nossos caminhos e abre as portas para uma vida com sentido. É de Deus que você precisa!
Se pudermos ser uma ajuda para si, procure-nos. Estamos na Rua do Armisticio, 7 A em Moscavide, todos os domingos às 10.00 horas; ou se preferir deixe-nos o seu contacto no final desta gravação.
Busque a Deus e achá-lO-á de certeza!

quinta-feira, abril 22, 2004

Por vezes não conseguimos medir o valor da presença de um discípulo como o hiperactivo Simão Pedro na equipa de Jesus. O valor do grupo estava também na sua diversidade e na multiplicidade humana que ela oferecia a Jesus. Doutra forma, o Mestre ter-se-ia enganado quando chamou Simão Pedro para segui-lO. Estou quase certo que Jesus terá elogiado o discípulo Pedro sempre que este deu a Jesus uma oportunidade de afirmação. Mais do que dar trabalho a Jesus, Simão Pedro facilitou a "vida" ao Mestre! E creio que Jesus lhe agradeceu por isso!
A grande vantagem que colhemos ao termos na equipa uma pessoa como Pedro é que ele, com a sua impulsividade, fez com que a verdade surgisse em contextos à partida difíceis. Disso é prova o "andar sobre as águas". A sua atitude desmontou a verdade que parecia ser apenas divina. O hiperactivo Simão Pedro gozou de uma experiência até agora nunca experimentada por qualquer humano.
Quando não complicamos a verdade, facilitamo-la! A ousadia é um bom passo para a descoberta da verdade! Os demasiadamente calculistas perdem oportunidades de afirmação.
A vida do apóstolo Pedro dava um excelente filme. Falem com Mel Gibson e tirem-no dos anais da polémica.

quarta-feira, abril 21, 2004

As perguntas, indagações e aparentes contradições do apóstolo Pedro enriqueceram em muito a teologia. Provavelmente, a melhor afirmação acerca da divindade do Senhor Jesus Cristo registada no Novo Testamento saiu da boca do hiperactivo Simão Pedro - "Tu és O Cristo, O Filho do Deus vivo". A teologia é edificada num espírito de afirmação! Nisso o apóstolo Pedro era bom!
A nossa crença deve produzir algo de novo para alguém! É o resultado da nossa afirmação consciente, alcançada num contexto de procura. Assim aconteceu com Pedro! Foi na presença diária, constante, permanente e observadora que ele firmou as suas convicções. As suas contradições foram o resultado do seu aplicado empenhamento. Ainda bem! A aprendizagem que dura para sempre só será conseguida desta forma!

segunda-feira, abril 19, 2004

É fácil acusar o apóstolo Pedro e diagnosticá-lo como "o discípulo que mais problemas deu a Jesus". Apetece-me ir em defesa do apóstolo Pedro.
Nós, educados numa cultura de culpabilização, sempre temos de apresentar um culpado para as situações anómalas. É claro que o "aluno" mais indagador, mais perturbador, mais impulsivo, sempre leva com as culpas em cima inda que a indagação venha de um coração honesto e sincero. Tenho um filho hiperactivo e sei o que isso significa. Penso que o apóstolo Pedro é o primeiro caso de hiperactividade registado nas páginas do Novo Testamento. Terá sido, por isso, "o discípulo que mais problemas deu a Jesus?"

sexta-feira, abril 16, 2004

Não é fácil viver em comunidade! Permanecer longe da comunhão de Deus, agrava ainda mais a dificuldade de estar em comunidade. Mesmo em situações de cansaço, de pressão, de abandono por parte de alguns discípulos, posso ver nos Evangelhos um Jesus sempre com tempo para aqueles que que se dirigiam a Ele e que buscavam a Sua ajuda. A atitude de bom trato só variava em função das necessidades do indivíduo que vinha a Ele! Este é o Jesus que nos habituou a atacar os problemas em vez das pessoas. Uma arte que precisamos aprender!
Ao finalizar a reflexão da semana, perguntei a mim mesmo: "qual terá sido o apóstolo que mais problemas deu a Jesus?" Elegê-lo-ei na próxima segunda-feira.

quarta-feira, abril 14, 2004

Jesus Cristo é um especialista em pessoas! Todos os encontros pessoais que teve, narrados nos Evangelhos, são replectos de arte. Cada caso era um caso para Jesus! Ele não seguia modelos de aconselhamento aprendidos na escola da sinagoga. Para Ele, tudo partia da necessidade do indivíduo e da condição espiritual em que este se encontrava. Ele levava as pessoas a encurtarem a distância a que se encontravam de Deus Pai. Nem sempre isso acontecia com sucesso; o mancebo rico foi um caso. Pergunto a mim mesmo: "Porque revela Jesus um sentimento tão nobre em relação às pessoas?". A resposta: "A presença real e permanente junto do Pai, em plena comunhão, ampliava os Seus sentimentos a respeito dos outros". Se todos fôssemos possuidos amiudemente dessa Presença, entenderíamos melhor os outros!

terça-feira, abril 13, 2004

Se estivesse a precisar de alguma oportunidade para provar a verdade que está contida na frase da semana, hoje seria uma dessas oportunidades. Foi um daqueles dias em que apetece bater em alguém (linguagem pouco cristã, é certo). Senti necessidade de apelar ao meu melhor espírito cristão mas percebi que a força de que necessitava encontrava-se fora de mim. Dirigi-me ao Pai e entendi melhor o outro. Quando apelamos para a presença de Deus, os nossos sentimentos a respeito dos outros tornam-se mais humanos, ou melhor, mais divinos. A aproximação do ser humano a Deus, e o exercício da intimidade que se pode estabelecer com Ele, valoriza o outro. Quando sentimos que somos aceites por Deus, sentimos que podemos aceitar os outros! Arrisco-me a dizer que o nosso trato pouco refinado no relacionamento com os outros, quando acontece, é um extracto real do nosso actual estado de desconexão com Deus e, muitas vezes, connosco mesmo.

segunda-feira, abril 12, 2004

"A presença de Deus em nós, amplifica os nossos sentimentos a respeito dos outros". Uma ideia a digerir esta semana.

domingo, abril 11, 2004

Hoje, dia de Páscoa, senti-me desafiado a colocar em prática o que diz 1Coríntios 5.7 - "Lançai fora o velho fermento para que sejais uma nova massa...porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós." Perguntei a mim mesmo - "o que é o velho fermento?". Provavelmente, aquilo que me faz inchar! Que diz o que eu sou sem o ser, que aparenta em mim o que náo é! Ao fazer um inventário rigoroso dos stocks de fermento velho, podem representar toneladas dele. Descobri que é com ele que fazemos algumas das nossas ementas espirituais, as nossas delicias de amor cristão, as nossas iguarias domingueiras. É com ele que adornamos as nossas festas, retocamos os nossos sorrisos, e até dizemos: "vai em paz, o Senhor seja contigo".
Como lançar fora o velho fermento se ele está entranhado, qual poeira, nas paredes das nossas almas e corre nas artérias bloqueadas dos nossos corações espirituais? A maior parte das vezes, já ninguém come o nosso "pão", quais conversas, doseadas de fermento a mais, amargas e ásperas engrossando a boca.
O fermento velho, com o tempo, perde as capacidades e deixa de ter poder para ligar a massa. Assim acontece comigo se armazenar o fermento velho, próprio da minha seara! Melhor que isto, só tornando Cristo a nossa Páscoa! Ele é o "Pão que desceu do Céu"!

sábado, abril 10, 2004

O que tenho aprendido do meu Salvador e a afinidade possí­vel que me permite estabelecer com Ele, faz-me remeter ao silêncio. Prefiro estar calado!Celebro a Sua presença no sepulcro durante o dia de hoje. Quero acompanhar o sentimento do meu Amigo e "aliar-me" a Ele. Hoje é o segundo dia de aniversário da Sua morte por mim! Amanhã é um dia novo!

sexta-feira, abril 09, 2004

"Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espí­rito" (Lucas 23.46). O texto diz que foi em brado que Jesus proferiu estas palavras. Era o corte final! Se a agonia do Getsemani foi grande, a deste momento ultrapassou os limites do absolutamente divino. Tudo passaria a ser novo para Jesus Cristo! Uma dimensão espiritual nunca experimentada estava a ser assumida agora. Era o abandono total! Uma exposição completa à  justiça do Pai, à mercê da culpa, desprovida dos favores divinos. O rosto do Pai foi desviado do Filho ao ver tamanha maldade; era a soma dos erros de Adâo ao último dos salvos.
Algo surpreendente! Assumindo inteiramente a culpa, Jesus Cristo sabe que outro caminho não existe que a entrega do espí­rito ao Pai. Ao Deus Pai que o pode trazer de novo à  vida! Por momentos, horas tornaram-se milénios e Deus ficou dividido! Jesus Cristo morre pela primeira vez para que ninguém mais morra!
Fico a pensar: "Terá Deus, O Pai, chorado a morte de Seu Filho? O que terá acontecido com O Pai e O Espí­rito enquanto o Filho permanecia afastado?" Por instantes, morreu a comunhão!
"Está consumado" (João 19.30). Esta é uma das frases mais curtas de Jesus Cristo. Provavelmente, a de maior significado pois encerra a passagem da Sua vida pela Terra, estancando também toda e qualquer possibilidade de substituição alternativa. A cruz é só uma! O que havia de ser feito, aconteceu! O que precisava ser feito acabava de ser realizado! A justiça que satisfazia de forma plena a ira do Deus Santo estava agora cumprida - o Justo tomou o lugar do injusto, que por si mesmo jamais alcançaria os favores eternos de Deus Pai. Surpreende-me que ao fim de vinte séculos, muitos continuem a não escutar as palavras - "está consumado", inventando outras formas, "acopolando" ao método salvífico de Deus a ironia de alguém que não pode salvar-se a si mesmo mas que continua a querer obter a salvação por méritos próprios. Este é o quadro do homem moderno, "surdo", carregado de conhecimentos religiosos mas que despreza as palavras - "está tudo feito já"!

quarta-feira, abril 07, 2004

"Meu Deus, meu Deus, porque me desamparaste?" (Mateus 27.46). Esta é a primeira das duas frases dirigidas por Jesus ao Pai enquanto na cruz. Representavam o auge do sofrimento e a eminente partida de visita ao Hades. Era o desvínculo espiritual eminente entre a Divindade, a acontecer pela primeira vez na história da eternidade. Era o clamor do Deus-Homem! Era o esvaziamento divino em troca da ofensa humana, a qual Ele a carregou inteira. Ao mesmo tempo que se aproximava o corte espiritual, intensificava-se o abandono, o sentimento, a culpa era assumida. O que é que morreu finalmente? Desta vez, sim! O pecado morreu para Deus! O pecado morreu com Jesus!

segunda-feira, abril 05, 2004

"Estou com sede" (João 19.28), são palavras de Jesus que revelam a aproximação de uma morte real. São uma evidência da sua verdadeira humanidade! É O Deus-Homem prestes a partir. É a morte fí­sica anunciada pelo Senhor. É um sinal do clamor físico de um Homem desigual, diferente, Único.
A pergunta que surge na minha mente é: "Que Lhe daria eu a beber, se ali estivesse?". "E se o soldado fosse eu?"

sexta-feira, abril 02, 2004

"...hoje mesmo estarás comigo no Paraí­so". Todos aqueles que partiram deste mundo com a esperança da vida eterna, puderam ver o Paraí­so antes de ali entrarem. Estevão é um deles! A resposta de Cristo ao ladrão da cruz não são palavras de conforto dadas a um moribundo, nem uma declaração que se preste a aliviar o conflito da alma daquele homem. São palavras de certeza para um coração que está perto de partir para uma dimensão sem regresso. A certeza das Suas palavras denota um profundo conhecimento daquele Lugar. A palavra "comigo" devia esclarecer as mentes mais dispersas de que é através d'Ele que o percurso para o Paraíso acontece. Ele é o Mediador anunciado. Ele é O Caminho, a Verdade e a Vida. Ele é a Verdade que está entre o Caminho e a Vida. Muitos há que querem conhecer a Vida sem percorrer o Caminho, negando a Verdade!