Toresco

Ponta de lápis partida!

quarta-feira, março 31, 2004

As palavras do ladrão na cruz não são um pedido formal do género "salva-me, Senhor". Talvez ele tenha acreditado em Jesus Cristo depois de ouvir a Sua resposta - "podes ter a certeza de que hoje mesmo estarás comigo no Paraí­so". Ele só desejava que Jesus se lembrasse dele, somente! Porventura, sentia-se imerecí­vel! Naquela hora, uma simples lembrança era suficiente para um homem de quem nunca ninguém o havia prezado. A sua verdadeira crença em Jesus Cristo veio depois da afirmação e da garantia dada pelo Salvador, estou certo disso! Um facto notável para nós, "religiosos", que nos desgastamos em palavras merecendo receber algo através delas! Firmamos as nossas convicções de que a salvação depende mais do que dizemos a Deus do que aquilo que Ele nos diz a nós! Muitos estão enganados!

terça-feira, março 30, 2004

"Com toda a certeza, hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lucas 23.43). A primeira pessoa a ser salva pelo sacrifício do Senhor Jesus Cristo foi o ladrão da cruz. Este facto faz-me pensar!

segunda-feira, março 29, 2004

As últimas palavras de Jesus, são para mim tema de reflexão nos dias que antecedem a Páscoa.
"Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem?" (Lucas 23.34). Perguntei a mim mesmo quando foi a última vez que pedi a Deus que perdoasse alguém que me houvesse prejudicado. Não consegui lembrar-me! Envergonhei-me!
Foi na cruz, em pleno sofrimento físico e espiritual que O Mestre proferiu aquelas palavras. Foi carregado de dor que a sua boca se abriu para invocar perdão ao Pai pelos seus opressores. Por quem intercedeu Jesus? Foi o pedido de Jesus respondido pelo Pai? Foram perdoados aqueles que o oprimiam? Teriam eles direito a perdão? Porque pediu Ele perdão ao Pai e não o ofereceu Ele mesmo, como já havia feito antes? Terão eles ouvido a oração de Jesus a seu favor? Estariam carregados de maior culpa aqueles que o oprimiam na cruz? Quem os oprimia para que O oprimissem? De quem seria a culpa da cegueira? Deles mesmos?
O que mais me surpreendeu é que em meio a todo o tétrico e horrendo cenário, ainda houve lugar para o perdão. Só uma vida elevadamente preciosa poderia ainda reter tamanho amor no coração. Talvez por isso se tornou Mediador (Actos 4.12)!

domingo, março 28, 2004

Enquanto permaneceram calados, ao seu lado, os amigos de Jó, deram-lhe uma preciosa ajuda. A partir do momento que abriram a boca, com a melhor das intenções, aumentaram o sofrimento emocional dele. É um privilégio partilhar do mundo do outro, nem que seja calado, na sua companhia.
As palavras nem sempre abarcam a composição que sentimos. Nada, porém, substitui a presença ainda que em silêncio, como notas surdas completando a melodia. Foi isso que Jesus pediu aos seus amigos no Jardim do Getsemani, Pedro incluso.

sexta-feira, março 26, 2004

Não buscaria o apóstolo Pedro a sua auto-realização às custas do Mestre? Não só ele como todos os outros apóstolos. A reacção de Pedro ao chamar Jesus à parte (Mateus 16.22), como um pai que adverte o seu filho, é semelhante à atitude que temos uns para com os outros. Todos nos tornamos bons conselheiros quando o outro está a passar por uma situação menos boa.
Conheço uma pessoa que aconselha toda a gente; faz sobreviver o seu ego em função disso. Há pessoas assim, como abutres procuram corações debilitados, estados de alma abatida, para com conselhos baratos elevarem o seu ego, uma auto-realização que não deixa de ser doentia.
Ao contrariar a condição emocional em que o Mestre de momento se encontrava, ao superiorizar-se a Jesus, Pedro deu provas do seu desvínculo com a missão do Seu Senhor. Há um caminho que cada um tem de percorrer para que cresça! O melhor será que não contrariemos esse caminho se somos amigos do amigo. É preferível que aliviemos o seu fardo e isso pode querer dizer - concordar com o outro! Apoiar o outro não significa tirá-lo do caminho que ele próprio tem de percorrer, mas acompanhá-lo!

quinta-feira, março 25, 2004

Fui obrigado a interromper a minha reflexão da semana para comentar o seguinte...Não me levem a mal os meus amigos americanos, mas a sociedade americana é pouco profunda. São os atenienses do nosso tempo (Actos 17.21)! Muitos evangélicos americanos já vêm Mel Gibson como um convertido à causa evangélica e o seu filme como uma estratégia divina para a evangelização do mundo. Se isso fosse verdade, o próprio Deus teria inventado o cinema no final do século II dC. Como dizia Charles Stevens: - "Como em qualquer atitude de exagero, quando a paixão e o preconceito se erguem, a razão senta-se".

terça-feira, março 23, 2004

Era tarde! O dia havia sido bem cansativo e o melhor que me podiam dar era um banho quente e uma cama aquecida. Não trocaria isso por qualquer outra coisa. O telefone tocou e do outro lado estava um amigo aflito, a necessitar de ajuda, de ânimo, de amparo. Lamentei! Não por ele, mas por mim! Eu teria preferido que aquele meu amigo estivesse bem, não tanto por ele mas mais por mim.
Naquela noite compreendi quão fácil é querermos o sucesso dos outros em função do bem que isso representa para nós. Na maior parte dos casos queremos pertencer a pessoas felizes, sem problemas, porque sabemos que esse é o tipo de relacionamentos que mais desejamos, por ser o mais cómodo, mais grato, de baixo preço.
O apóstolo Pedro, naquele dia, teria preferido ouvir o Mestre falar da sua vitória sobre a hipocrisia farisaica ou o elaborado império de Roma. Em troca disso, ele ouviu falar de sofrimento e morte! Jamais essa conversa podia conciliar-se com o desejo desesperado de uma pessoa como ele, que queria ser feliz para sempre e sentar-se à direita do Mestre. Se o objectivo da vida fosse servirmo-nos a nós mesmos, não haveria lugar para a amizade e o amor deixaria de fazer sentido.

segunda-feira, março 22, 2004

Porquê Simão Pedro disse a Jesus: "Senhor, tem compaixão de Ti; de modo nenhum te acontecerá isso" (Mateus 16.23)? É este o tópico para minha refexão esta semana.
Pedro sabia que se alguma coisa corresse mal com Jesus, também o afectaria a ele. Na medida em que ele havia "hipotecado" o seu futuro para seguir a Jesus, era-lhe penoso ouvir falar da morte do Mestre; todas as suas expectativas e anseios cairiam por terra.
Às vezes queremos que os outros estejam bem porque sabemos que isso se torna cómodo para nós mesmos, bem como desejamos o sucesso dos outros porque provavelmente significará o nosso próprio sucesso.
Nos meus tempos de escola, todos queríamos ser amigos do tipo que tinha uma casa com piscina, bem como do colega que se passeava no carro descapotável do pai ou mesmo do melhor aluno da turma. Isso elevava o nosso pequeno ego! Ao contrário, quem queria ser amigo do falhado, do pobre, do "mariquinhas"?
Tal como Pedro, revelamos medo do insucesso, nem que seja dos outros! Isso afasta-nos do conceito de comunidade com o qual certamente já nos comprometemos.

sábado, março 20, 2004

Perdi a batalha antes de iniciá-la. Eu que tinha algumas ideias para questionar a frase que me propus avaliar ao longo da semana, acabo por dar-lhe razão - "batalha que não pode ser vencida, é melhor não ser travada". Foi uma batalha desigual na medida em que o computador nem me deu hipótese de lhe desferir uma martelada. Ele venceu e eu fiquei encostado às boxes por uma semana. A reparação não foi pesada; mais pesado fiquei eu ao amontoar trabalho para a próxima semana.
"A paixão de Cristo" também se tornou parte da minha "biblioteca" cinematográfica mas não vou comentar. Não quero ser ateniense!

sexta-feira, março 12, 2004

"Batalha que não pode ser vencida é melhor não ser travada". Um assunto a reflectir nos próximos dias.

quinta-feira, março 11, 2004

"A nossa visão do carácter de Deus depende da ideia que tivermos Dele como Pai". A Bíblia é um verdadeiro mostruário da reflexão que os homens têm feito à volta de Deus! Felizmente, para nossa aprendizagem, também nos é mostrado o pensamento negativo que homens e mulheres tiveram do Senhor. Jesus, ao contar a "parábola dos talentos" quis fazer-nos entender o perigo de "pensarmos mal do Deus que é Pai". Se é verdade que não devemos "guardar o talento" porque reflectimos a ideia de um Deus "exigente e que ceifa onde não semeou e ajunta onde não espalhou", também é igualmente verdade que não devemos viver debaixo da pressão dos 500%. E é assim que alguns ainda O vêem: Um Deus que quer resultados positivos e os talentos multiplicados a 500%; Um Deus que procura lucros espirituais e usa os seus servos para realizar os Seus propósitos no mundo. Com esta visão em mente, alguns pensam que vale tudo, desde que seja para Deus. Esta é a visão de um Deus credor!
Prefiro construir em minha mente o Seu carácter vendo-O como Pai Celestial! João Baptista ajuda-nos a construir esta perspectiva, pois apesar de se apresentar como pobre e desgraçado era capaz de afirmar: "o homem não pode receber coisa alguma se do Céu não lhe for concedido". Ele via Deus como Pai, ainda que estivesse privado daquilo a que nós hoje chamamos "talentos"!

quarta-feira, março 10, 2004

Uma música em construção:
Deus tem um plano para mim!
Para onde quer que eu for,
Eu direi do meu Senhor:
Deus tem um plano para mim!
Posso passar dias amargos até!
E em confronto, provada a fé.
Mas eu sempre descobri,
Que Deus tem um plano para mim!

terça-feira, março 09, 2004

Façam com eu! Olhem para as estrelas e procurem detectar a sua organização no universo. Talvez consigam aliviar o stress causado pela confusão em que este país está. Agora é boa altura para fazer umas férias prolongadas fora do país. Pode ser que quando volte já a confusão tenha passado.
Antigamente, quando existiam dúvidas, sempre encontravamos alguém que sabia informar-nos; hoje perguntamos a muito mais pessoas e ninguém sabe. Até nos departamentos do Estado somos mal informados sobre as coisas do Estado. A minha conclusão: Nem o Estado sabe!

sábado, março 06, 2004

Hoje, descobri que sou realmente feio. A foto tirada na Loja do Cidadão acabou com as dúvidas! Valorizo cada vez mais os meus amigos e, particularmente a minha esposa, que ao longo de tantos anos, sempre teve a simpatia de nunca me dizer que sou realmente feio. As pessoas valem também pelo que não dizem de mal e não só pelo que dizem de bem. A partir de agora, quando quiser assustar alguém, mostro-lhe o passaporte.

sexta-feira, março 05, 2004

Graça - "É o infinito favor de Deus para infinitos pecadores que nós somos"

quinta-feira, março 04, 2004

Compartilho a mensagem número 40 do "Minutos de Esperança" (219457202):
O ditado popular diz: “Depois da tempestade, vem a bonança�. Depois de ter passado por um momento de decepção, quando pensavam poder beber água boa de uma fonte de água amarga, o povo de Israel alcançou um dos melhores momentos da sua peregrinação no deserto. Diz-nos a Bíblia que o povo de Israel saiu dum lugar chamado “Mara�, onde tinham feito um acordo de fidelidade com Deus e vieram a uma localidade chamada “Elim�. Ao contrário de “Mara�, onde as águas se tornaram boas pelo poder de Deus, em “Elim� havia doze fontes águas frescas e setenta palmeiras. Que oásis! Que lugar fantástico para o povo de Israel acampar; eles preferiam ficar ali por muito tempo e se possível, edificar ali o seu futuro. Porquê saíram eles dali? Porque a terra que Deus lhes havia prometido estava muito distante daquele lugar. Muitos não se importavam de tornar aquele lugar a “Terra Prometida� deles, mas Deus tinha coisa melhor reservada.
A vida que vivemos não é o último estágio da nossa existência. A Bíblia fala-nos de uma vida eterna que está para além dos horizontes humanos. É providência divina! Todos aqueles que viverem a vida humana na Terra com um sentido concêntrico, voltado para dentro, para si mesmo, jamais entenderão o sentido da vida eterna. A vida eterna coloca-nos a olhar para o futuro. A vida eterna tem um sentido excêntrico, na medida em aponta uma saída para esta vida de dor e de sofrimento, de decepção e de amargura. Há uma Terra Prometida por Deus! A Bíblia dá-lhe o nome “Céu�! O único requisito para entender essa dimensão da vida eterna, é crer que nenhum ser humano a pode conseguir por si mesmo. Essa Terra Prometida é prometida aqueles que levam Deus a sério e que reconhecem o que Deus já fez pela humanidade; aqueles que admitem que O Filho de Deus morreu pelos pecados do pecador e passam a viver em função de Deus.
Pode estar a passar por um “Mara� em sua vida, em que tudo é amargo e doloroso, mas saiba que confiando em Deus, existe um “Elim� uns metros à frente. É o início da vida eterna, que começa quando o ser humano coloca a sua confiança no Deus verdadeiro.

terça-feira, março 02, 2004

Desde pequeno que me dizem que sou desconfiado. Acho que isso aconteceu depois de ter percorrido 4 Kms a pé para levar a namorada do meu amigo a casa; é que ele não estava pelos "ajustes" e o "nabo" é que gastou as solas dos sapatos.
Confesso que a desconfiança que criei desde então tem-me valido em algumas circunstâncias! Temo, porém, perder essa "qualidade". É que os líderes precisam dela para não correrem o risco de fazer maratonas sem rumo.
Porquê o correio vem devolvido? Porque não encontra o destinatário certo! Assim acontece com as palavras! Muitas não encontram o destinatário certo!