Há certas alturas na vida em que as pessoas que mais conseguimos cativar são as idosas da nossa igreja. Eu estou nessa fase!

Marcelo Rebelo de Sousa diz que o papa "para crentes e não crentes é uma figura importante". O padre Borga, a figura de ramalhete da Praça da Alegria, também diz e desta vez bem, "as pessoas têm a importância que nós lhes quisermos dar". É por isso que os acenos de janela só causam histeria aos corações vazios de conceito.

Num certo dia, grandes multidões seguiam a Jesus Cristo. Alguns deles até estariam a gritar bem alto "slogans" de eterna fidelidade ao Mestre e num espírito contagiante todos os presentes asseguravam uma notável felicidade. Com os seus ouvidos cheios de tanta afirmação sem preço, o Mestre parou e voltando-se narrou-lhes uma parábola: "Se algum de vós quiser construir uma torre, não começará primeiro por se sentar e fazer os cálculos do que vai gastar, para ver se tem possibilidades de a acabar? Isto para que não aconteça que comece a construir e não a possa acabar. Não faltará então quem faça troça dele e diga: Este começou a construir mas não conseguiu chegar ao fim" (Lucas 14.28-30). Conforme caminhamos no percurso cristão, encontramos destroços de torres abandonadas, semi-construídas e ruínas daqueles que começaram a construir e foram incapazes de terminar. Muitos iniciaram a jornada sem fazerem uma pausa para reflectirem sobre o custo do tremendo Empreendimento. É por isso que somos um país de bons religiosos mas fracos discípulos.

Nos últimos dias desinteressei-me da política em troca de leitura sobre o purgatório. Apercebi-me que há políticos que já se encontram a cumprir pena, porque segundo alguns analistas entramos num novo ciclo de purificação política. Virá Sócrates a parecer-se com Gregório I? Como escolherá ele entre os que não são tão maus a ponto de merecerem o "inferno" e os que não são tão bons a ponto de merecerem o "céu"? Recomendo que Sócrates se aprofunde na doutrina do catolicismo e crie também um "limbus patrum" político. Assim resolverá o problema dos políticos que ainda "morrem" crianças. Na política, claro! Mas atenção, Sócrates que se cuide, pois aqueles a quem ele mandar para o purgatório poderão sugá-lo pela gravatinha às cores e enviá-lo para onde ele também pertence, isto é, o purgatório, onde as almas são purificadas. A propósito, a existir, o purgatório era bem merecido dos políticos. Depois de umas poucas horas ali purificariam as ideias para sempre! O único senão é que deixaria de haver esquerda, pois eles regressariam de lá todos "às direitas". E a esquerda, no fundo, até faz falta ao país, nem que seja para dizer sempre a mesma coisa.

"Poderá parecer a espíritos menos atilados que a fé só tenha importância na vida eclesiástica. Puro engano. Exerce ela influência das mais acentuadas em todas as relações da vida." (Miguel Rizzo). Por exemplo, o exercício da fé será necessário para acreditar na boa governação da próxima ditadura (desculpem, queria dizer maioria).

Apetece-me gritar bem alto: - "Sou contra maiorias!"

As crianças, abaixo dos 14 anos, são responsáveis por mais de dois terços do consumo nacional, cerca de 70 por cento. Surpreendente, não? Com esta mentalidade, pensem só como vai ser quando um dia receberem salário. Hoje os pais, velhotes, são a safa dos filhos maiores. No futuro, quem é que vai socorrer aos filhos aflitos? Provavelmente, as pessoas vão ter tudo sem serem donos de nada.

A política internacional resulta no seguinte: hoje, as nações ajudam a enriquecer os povos que no passado ajudaram a empobrecer.

Maria João Avilez nas suas crónicas de "Mel com Fel" na TSF desculpou a ignorância da "irmã Lúcia" (citação). Para ela, a ignorância e a pouca cultura da vidente é desculpável perante tamanha espiritualidade. A justificação sempre foi uma tentativa falhada da ICR e seus adeptos.

E a obsessão continua nas palavras do bispo de Setúbal - "Devemos interpretar como sendo um sinal divino Lúcia ter morrido no dia 13". A senhora já estava "morta" há 40 anos, desde que a encerraram no Convento do Carmelo em Coimbra...

Dias da Cunha fala verdade quando diz que "O Sporting Clube de Portugal não deve um tostão ao fisco". Caso dissesse: - "O Sporting Clube de Portugal não deve um cêntimo ao fisco", provavelmente estaria a mentir!

A ICR fala de aproveitamento político do caso da "vidente" Lúcia. Por outro lado, quem foi que em 1917 fez um aproveitamento religioso de uma "dita aparição"? A ICR, formal ou informalmente, não tem autoridade para criticar o aproveitamento político ainda que ele seja visível e venha de quem viver. O aproveitamento político seja de que partido for, jamais se poderá comparar com o vergonhoso aproveitamento religioso-pagão que a ICR fez do 13 de Maio de 1917.

Da selecção de comentários de Novembro de 2004, extraio este, a propósito do momento...
Tentativa falhada! A "aparição" da imagem da "virgem" em Timor, só pode ter sido uma estratégia da ICR para implantar um novo lugar de peregrinação, desta vez, por coincidência, num país pobre como Timor Lorosae. Ao contrário do que aconteceu na Cova da Iria, estavam lá os meios de comunicação para "desconfirmar" com as imagens a suposta aparição. Curiosamente, é no meio da crise e da miséria que a "virgem" sempre "aparece". Se fosse para trazer pão ao povo ainda se compreendia. Mas para extorquir o dinheiro do povo, com falsos alívios e imponentes catedrais não há quem resista a partir a ponta do lápis.

Os políticos estão tão cansados da campanha que utilizam todos os pretextos para anular acções. Se o cansaço de falar é tanto, imaginem o cansaço de quem os ouve, refiro-me aos que não vão aos comícios, gostosos de um bom serviço noticioso. Já agora seria bom que encontrassem outros pretextos para os restantes dia de campanha. Dar-se-ia descanso ao povo e ficaríamos com algum tempo para aliviar a cabeça antes de exercermos o direito de voto.
A propósito, "onde está o motivo para um dia de luto nacional?" Quando a política se cola à religião há decepção!

"Aquele que luta sem prejuízo por si mesmo jamais ganhará uma batalha!"

Tenho uma animação no meu computador que me informa da chegada do correio, dizendo: "You have mail, Sir". Quando não lhe ligo importância ele repete: "You have mail, Sir" até que o despacho. Infelizmente, é isso que fazemos com as pessoas também!

Escrever ao ritmo do "pouca terra" pode tornar-se perigoso. As ideias resultam muito paralelas, o que não é bom para quem lê.

Os crentes são pecadores conscientes do pecado, da justiça e do juízo. É disso que somos convencidos pelo Espírito de Deus (João 16.8).
Do pecado, que remédio! É patente a toda a hora a nossa inclinação para o mal, mesmo depois de sentirmos a presença de uma nova natureza que nos foi doada para a prática do bem.
Da justiça, porque nos armamos de uma espiritualidade que nos "alivia as costas" e nos fornece a impressão de uma culpa já paga por Alguém que liquidou os erros das nossas asneiras, mesmo as mais parvas.
Quanto ao juízo, a nossa paixão pela bondade disfarçada retirará da corda eterna o pescoço de todo o crente que se sinta cristão.
O nosso problema no meio de tudo isto, é acharmos que estamos eternamente salvos. Era preferível que Deus não tivesse falado esta verdade. Tornar-nos-íamos mais zelosos da vida eterna.

"Fazer é a prova do ser" (Law)

Eu prefiro um "primeiro-ministro" que seja como eu: um pecador com vontade de mudar...dos seus erros.

Acreditando ou não, "o pecado limitou a liberdade da vontade humana e aumentou os níveis da natureza pecaminosa".

Acontece que nunca apreciei pessoas que se armam em "santas". Um certo político de campanha anda armado em "santo", com ar de quem vai ao confessionário todos os dias. Este, que assim se comporta, terá muita dificuldade em assumir os seus erros perante um país de pecadores. Logo, não servirá para bom primeiro-ministro!

Palavras, títulos e expressões que nunca deviam ser usadas:
» santo padre
» indiabrado
» tem o diabo no corpo
» santanás
» Maria, mãe de Deus
» Nossa Senhora de Fátima
» Sumo Pontífice
» Reverendo
» irmão desviado
» azar

De todos os dons de Deus, o livre-arbitrio é o maior!

Um livro com 150 anos, da 3ª edição dos Lusíadas, foi parar ao lixo do aterro sanitário de Bragança. Que crime!

Palavras, títulos e expressões que nunca deviam ser usadas:
» santo padre
» indiabrado
» tem o diabo no corpo
» santanás
» Maria, mãe de Deus
» Nossa Senhora de Fátima
» Sumo Pontífice

Nos tempos de outrora dizia-se no final de uma apresentação: "gostei muito de me ouvir". Mas há dias em que não ficamos satisfeitos com aquilo que dizemos. E quando isso acontece em público, ficamos aborrecidos. Esta semana foi uma dessas alturas! É por isso que gosto de entrevistas, mas apenas quando são bem conduzidas.

Um especialista assegurou-me que a razão porque os pneus comeram por dentro teve a ver com o facto de eu não os ter trocado ao fim de 15000 Kms, os da frente para trás. Não consegui evitar o pensamento: Se trocasse o pneu da esquerda pelo da direita será que resultaria em maior elegância?

Palavras, títulos e expressões que nunca deviam ser usadas:
» santo padre
» indiabrado
» tem o diabo no corpo
» santanás

Não ter passado pelos bancos de uma Igreja Evangélica na sua infância, é a "única" coisa que hoje faz falta a Pedro Santana Lopes. Ter-lhe-ia dado o que está em débito!